Míssil balístico é um engenho bélico lançado com o fim de alcançar um alvo, percorrendo uma trajetória entre dois pontos, inicial e final. A trajetória do míssil balístico é uma curva consistente em um segmento de elipse e se desenvolve parte na atmosfera terrestre e parte no vácuo. O primeiro trabalho importante sobre as secções cônicas foi desenvolvido pelo alexandrino-grego Apolônio de Perga (c.262-190 a.C.). Seu estudo sobre as tangentes de uma elipse é fundamental para se entender o movimento dos planetas e estrelas. As viagens espaciais se tornaram uma aplicação prática do trabalho de Apolônio; em sua homenagem, as missões de viagens à Lua receberam o nome de Apollo.

Na década de 20 do século passado, o físico americano Robert Goddard experimentou propelentes líquidos em um engenho que tinha a capacidade potencial de alcançar o espaço. Esses estudos foram acompanhados por uma sociedade alemã de foguetes, a VIR, cujos membros incluíam Wernher Von Braun, que culminou na criação do primeiro míssil balístico, a Vergeltung, V2, nas fases finais da Segunda Guerra Mundial.

O movimento do míssil balístico, durante sua trajetória, deve ser analisado em três fases distintas representadas por funções matemáticas que se harmonizam entre si, quais sejam: a) fase forçada, que se inicia na atmosfera terrestre durante a propulsão na subida, desde o arranque para vencer a inércia até atingir a velocidade inicial; b) fase de deslocamento livre, no vácuo, quando se inicia o movimento balístico, com velocidade inicial v0 e sob o efeito da força de atração gravitacional terrestre, variável com a altitude; c) fase de reentrada, sob o efeito da interação entre o campo gravitacional terrestre e a resistência do ar atmosférico.