Ah!... Agora sou eu a doente, a aberração, a tarada – desferiu a ciumenta. – Pois fique sabendo que, a meu ver, três anos ou mais de separação, como você bem lembrou, é tempo mais que suficiente para uma reconciliação completa. Ah, isto é! E mais: saiba que a mamãe aqui pode até ser doente como o cavalheiro afirma, mas não é burra, não. Casais modernos. Diabos! Quase chegando, faltando apenas a alguns metros do local, viu de relance o maldito do cunhado. O motorista lhe abrira a porta do carro, e o homem, apesar de obeso, saltou com ímpeto inusitado e galgou de dois em dois os degraus da escadaria coberta por um longo toldo, semelhante a uma grande lagarta amarela, que conduzia ao restaurante.  Entre cavalheiros Mas o que é isto, dona Aurora? – atalhou o acompanhante em tom abespinhado. – Não diga uma coisa destas, por favor, nem por motejo, minha senhora, nem por motejo!  O juramento E, no meio de tudo, de repente, emergiu aquela fotografia, um registro esquecido que, depois de muito esforço, sua memória conseguiu finalmente relacionar a uma emoção qualquer, alguma alegria indefinível já muito apagada, experimentada uma ocasião, lá trás, nos tempos da mocidade.