MEIA-VIDA LONGA

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“A fantasia e o devaneio são a imaginação movida pelos afetos”, escreveu Alfredo Bosi. Fantasia e devaneio abrem espaço à poesia. Nessa abertura, exatamente no vazio que se abre, há o poder do verbo. No vazio que se abre, há a indissolubilidade do som e do sentido. É linguagem rítmica que se manifesta, exprime o enlevo em face das coisas e é capaz de descobrir o inesperado. Nesse vazio, a intimidade da alma é exposta. Por sua intervenção, aproxima ou conjuga realidades opostas, indiferentes ou mesmo distanciadas entre si. Não aspira à verdade plena, mas ao “impossível verossímil” na assertiva de Aristóteles. No espaço dessa abertura, Alexandre descobre o sertão e tem o condão de revelar a sua visão de mundo, a ideia que tem da finitude dos seres e das coisas. Por isso, a evocação. E ela se faz pela imagem mental, no esforço de reter o tempo e o lirismo das coisas. Pois bem, a imagem que se forma deita raiz na palavra. E a palavra com o poder de nomear as coisas mantém juntas a realidade concreta e sua presença no íntimo do ser. Mas tudo, enfim, não passa de uma construção hábil, porque o enlevo é aquilo que precisa  ser preservado, retido para que se possa reviver o estado d’alma. E, por sua vez revivido, ser capaz de alargar o sentimento, alterar o ângulo de visão das coisas, expor o seu encantamento, quase sempre inexplicável. Na abertura desse espaço, a palavra é o reverso do silêncio. No entanto, a palavra quase nunca está só, porque o sentimento busca referências e analogias. É preciso, então, construir a linguagem poética, abismo que invada o íntimo e atinja as entranhas.

Parametros Livraria
ISBN 978-85-411-1151-5
Acabamento Brochura
Edição
Ano 2016
Páginas 40
Altura 21
Largura 14
Peso 69
Idioma Português
Cidade Barbalha
Estado CE

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